O homem imita a natureza das folhas, insetos e flores para criar materiais que, ao medir alguns bilionésimos de metro (ou seja, nanômetros), são capazes de produzir energia poluindo menosativar as telas sem usar eletricidadecriar superfícies que eles não ficam sujos e fazem maravilhas em muitos outros setores, da medicina à mecânica. Aqui está o mundo das nanotecnologias, ou seja, aquelas técnicas para manipular e modificar a matéria com altíssima precisão.
OS NANOCARROS
Quando estamos doentes tomamos remédio, no futuro vamos tomar antes de ficarmos doentes. Para tornar esse sonho realidade, cientistas estão estudando “Nanocar”uma espécie de carro de alguns nanômetros (cem mil vezes mais fino que um fio de cabelo), capaz de transportar medicamentos em nosso corpo, exatamente onde a doença está prestes a se desenvolver.
Obviamente, os nanocarros eles não usam gasolina, movem-se graças a estímulos como o aumento da temperatura corporal ou da acidez. Assim como, por exemplo, o nanocarro fulereno faz. É um “carro”, com apenas 3 nanômetros de tamanho, cujas rodas são compostas por quatro moléculas esféricas de fulereno C60, uma substância redonda como uma bola de futebol. O aumento da temperatura do corpo humano cria reações químicas que fazem com que ele se mova o fulereno: na prática, é como se um carro real se movesse graças ao aumento da temperatura do asfalto. Assim, um dia, graças ao fulereno, poderemos encher o “baú” desses nanocarros com remédios e teremos… nanoambulâncias!
CÉLULAS SOLARES COMO FOLHAS
A luz do sol dá energia às folhas e estas, com a fotossíntese, produzem os açúcares que dão à planta o sustento para viver. O surpreendente é que as folhas absorvem a luz e transformá-lo em energia sem poluir.
O homem estudou esse sistema e hoje fabrica folhas artificiais que, da luz, derivam eletricidade limpa. Este é o caso do tingir células solares, um tipo particular de células semitransparentes e coloridas que, graças a moléculas coloridas complexas capazes de imitar a fotossíntese das plantas, produzem elétrons quando são iluminadas. As moléculas do corante cobrem um entrelaçamento de nanocristais de dióxido de titânio capaz de coletar elétrons e, graças a um circuito especial, gerar eletricidade para recarregar um smartphone ou alimentar modernas lâmpadas LED.
MÁQUINAS DE AUTO LIMPEZA
Mas não é apenas a fotossíntese que inspira as novas fronteiras da tecnologia.
a folhas de lótuspor exemplo, são “Super hidrofóbico”: a água rola ao longo de sua superfície sem encharcá-los. Assim, quando chove, as gotas de água incorporam o pó e a sujeira depositados e os arrastam, deixando a folha limpa, condição fundamental para que a fotossíntese ocorra. Isso ocorre graças à rugosidade nanométrica na superfície da chapa, que impede a aderência da água.
Ao recriar este tipo de arestas com a nanotecnologia, o homem já conseguiu construir vidro que não fique sujo e carro que não se suje.
CRISTAIS FOTÔNICOS
Um material transparente pode ser colorido sem pintá-lo? A natureza nos diz que sim. O besouro Charidotella egregia tem um armadura transparente composto por centenas de camadas nanométricas muito finas, que podem alterar a cor da luz refletida. Da mesma forma, as nanotecnologias também podem mudar a forma como a luz interage com os materiais; assim, alternando camadas transparentes de apenas 50-150 nanômetros de espessura, i cristais fotônicos, dispositivos capazes de refletir uma única cor de cada vez. Assim como com armadura de escaravelho.
A cor refletida depende de muitas coisas mas, sobretudo, da espessura das camadas de cristais fotônicos: quando conseguirmos construir cristais fotônicos de espessura variável, poderemos construir telas (para televisores, smartphones, tablets… ) que funcionam com luz refletida . Ou seja, sem consumir eletricidade.
VOCAÇÃO ECOLÓGICA
As nanotecnologias podem ajudar os humanos melhorando também funcionalidade alguns materiais
Pensemos, por exemplo, em bioplásticos: são obtidos modificando as fibras de vegetais como cenoura ou salsa e, como não contêm óleo, são biodegradáveis e poluem muito pouco. Depois há os materiais termoelétricosque transformam calor em corrente elétrica, e especiais tintas capaz de conduzir eletricidade: graças a eles é possível imprimir circuitos de computador diretamente na pele e criar… o homem biônico!
Em suma, no momento parece que as nanotecnologias, como a fantasia, não têm limites. E, se bem usados, nos ajudarão a construir um mundo mais saudável, mais limpo, mais conectado e, por que não, ainda mais divertido.