Revelado o mistério da tartaruga Fernanda, uma fêmea adulta encontrado emIlha Fernandina, em 2019, durante uma expedição organizada pelo Parque Nacional de Galápagos e pela organização ambientalista americana Conservação de Galápagos.
Quando os investigadores descobriram Fernanda, se depararam com um belo mistério! A tartaruga tinha características muito diferentes daquelas que habitam as Ilhas Galápagos hoje e, segundo estudiosos, pertencia a uma espécie que não vive mais. Mas graças à análise de seu DNA descobriu-se que ele é um Chelonoidis phantasticusuma espécie considerada extinta há mais de 100 anos.
Quantas espécies de tartarugas existem em Galápagos?
Quinze espécies de tartarugas gigantes foram registradas no arquipélago, incluindo os considerados extintos. Os cientistas acreditam que eles chegaram lá há três ou quatro milhões de anos trazidos pelas correntes oceânicas e, uma vez estabelecidos, evoluíram para diferentes espécies e cada uma se adaptou ao habitat das diferentes ilhas.
Lembre-se que Charles Darwin formulou sua teoria da evolução depois de voltar da viagem a Galápagos?
A ilha escolhida por Fernanda
A tartaruga Chelonoidis phantasticus instalou-se em Fernandina (daí o nome da descoberta em 2019), uma ilha desabitada de 638 km2. Além de Chelonoidis phantasticus Até agora consideradas extintas, outras duas espécies estão extintas, a Chelonoidis spp. estabelecido na ilha de Santa Fe e o Chelonoidis abingdonii na ilha de Pinta.
A descoberta que surpreendeu os cientistas
Para determinar a espécie de tartaruga, Stephen Gaughran da Universidade de Princeton e colegas compararam O DNA de Fernanda com o de outras tartarugas de Galápagos conhecidas, mas não havia correspondência. então eles usaram uma amostra de sangue de Fernanda e uma amostra de osso do espécime masculino encontrado no museu de ciências e… surpresa! Seus genes combinavam e eram diferentes das outras 13 espécies de tartarugas gigantes de Galápagos.

Uma esperança de reprodução
Se os cientistas conseguissem localizar um macho de sua espécie, a tartaruga-da-fernanda poderia se reproduzir e não se extinguir. “Nossa esperança é que ainda existam mais algumas dessas tartarugas na ilha. Mas é muito difícil”, diz Gaughran.
Fernanda tem mais de 50 anos, mas pode viver cerca de 200, o que ajudaria os pesquisadores a encontrar um parceiro para ela. Enquanto isso, Fernanda vive seus dias sob a observação e cuidados dos cientistas do “Centro de Tartarugas de Galápagos”, com a esperança de poder se casar em breve com uma semelhante e ter muitas tartarugas.